Sobre o Espetáculo

Apresentação

“Dos Porquês e Do Não-Pode-Ser” é uma montagem teatral engajada na proposição de uma mudança de atitude perante a vida, através, principalmente, da vontade de superação e da inclusão social. É mais do que um prazer estético, é uma obra que coloca o espectador para pensar e o instiga a se deixar influenciar para além do espaço cênico.

Tem como premissa fundamental a capacidade incondicional de encontro entre diferentes indivíduos, cultivando a troca, e não a repressão. Dialoga com os espectadores de igual para igual, com a noção clara de aceitação de si próprio e dos outros. Defende o direito de ser de todos os indivíduos, pois todos são minoria em algum momento de suas vidas. Há infinitas características pelas quais um indivíduo sofre opressão e exclusão ao longo da vida, e isso ocorre com todos. Então por que não propor, ao invés da repressão, da competição violenta e do ódio, a tolerância, o respeito e o amor ao próximo?

Sinopse

O espetáculo, disposto em arena circular, aproveitando-se da imagem de grupos de ajuda, apresenta um indivíduo que, percebendo-se diferente do coletivo, mergulha em um processo de reflexão, questionamento, e busca de uma verdade maior sobre sua própria essência, enfrentando, para isso, conflitos consigo mesmo e também com o coletivo. Considerado um laudo sobre o processo de cura de um paciente psiquiátrico, a montagem, onde o protagonista desse solo irá relatar suas experiências, dialoga de maneira inteligente e humorada com o expectador. Sob uma perspectiva espiritual, é a tentativa de semear nos outros o próprio processo de iluminação que a personagem vivenciou. É um olhar maduro de respeito ao ser humano e à expressão de sua existência; de valor à vida.

Histórico

“Dos Por Quês e Do Não-Pode-Ser” é uma montagem do texto homônimo de Luiz Felipe Botelho Paes Barreto. Surgiu ainda como projeto curricular no Departamento de Arte Dramática, do Instituto de Artes, da UFRGS, no ano de 2006. Tendo muito boa recepção do público, entrou na Mostra Anual Universitária “Teatro, Pesquisa, Extensão” do ano seguinte. Colhendo elogios por todos os lados, inclusive do autor, o espetáculo recebeu sinal verde para prosseguir. Nos anos seguintes, ocorreram apresentações em escolas, universidades, seminários, e algumas temporadas, incluído aí o Porto Verão Alegre. No final de 2015, um novo formato foi lançado em paralelo, levando o projeto para as ruas, em caráter de intervenção, e, aos poucos, está construindo mais um caminho artístico possível.

Depoimentos Escritos pelo Público